Poucas universidades federais do Brasil carregam o nome de uma cidade. Do Interior, ainda menos. Campina Grande, a segunda mais importante da Paraíba, é uma dessas excessões.
No começo dos anos 2000, a Universidade Federal da Paraíba foi desmembrada. Dividida, o seu outro pedaço virou Universidade Federal de Campina Grande, uma homenagem à produção acadêmica do seu seu centro de conhecimento, mas, notadamente uma excentricidade fruto da pressão e da influência de sua representação política.
O ‘resto’ da UFPB poderia até ser dividido entre uma UFCG e uma Universidade Federal do Sertão, por exemplo. Não. O corpo da universidade, de Campina a Cajazeiras, foi batizada de UFCG, o nome de uma cidade distante 400 quilômetros de alguns dos campi.
Ontem, a Paraíba, que centralizava operações da Caixa Econômica na Superintendência em João Pessoa, a capital do Estado, passou a conviver com a Superintendência em Campina Grande.
Novamente, o atrevimento da força política local faz a diferença em favor da cidade. A concretização desse deslocamento foi operada pela senadora Daniella Ribeiro junto ao comando nacional da Caixa. Um processo que começou desde fevereiro e pode ser materializado meses depois, com direito a presença na solenidade do presidente do banco, Pedro Guimarães.
No evento inaugural, Campina soube se mostrar grande. Além de Daniella, a paraninfa do feito, o prefeito da cidade, Romero Rodrigues (PSDB), e a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), agentes de grupos políticos diferentes e divergentes, mas que se juntam quando o assunto é o desenvolvimento da cidade.
Isso explica porque Campina é diferente e faz a diferença.