O presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB), botou um novo debate na praça. A dos Três Poderes.
Ele está convencido de que o edifício-sede do Legislativo paraibano não comporta mais a demanda da Casa, apesar de recente reforma.
E tem um argumento: mesmo com o alto investimento, o cotidiano do Poder é assoberbado de carências. Vão de espaço diminuto à baixa estabilidade de energia elétrica.
Essa reflexão está sendo, na verdade, ressuscitada. Dessa vez, com nova roupagem: no lugar de nova sede, a proposta é de anexo, um grande anexo, por sinal. Seria uma Assembleia II para desafogar a Assembleia I.
Adriano estuda, junto à Mesa, um terreno na BR-230, precisamente em frente à nova sede da Polícia Federal. Lá, seria edificado um plenário para eventos de maior público e novos gabinetes.
Nessa hipótese, a histórica sede da Assembleia seria preservada e destino da parte burocrática e administrativa, com plenário atual também ativo.
Economia de R$ 75 mil mensais com aluguéis dos atuais anexos, como o Parahyba Palace, segundo as contas da gestão atual.
Em viagem ontem à Assembleia Legislativa de Pernambuco, Adriano e comitiva de deputados saíram com a sensação de que a Paraíba está bem atrasada, na comparação estrutural.
A iniciativa posta na mesa não é um movimentos simples. O ambiente econômico do país não inspira novos gastos, os orçamentos são curtos e o critério da prioridade deve ser sempre pesado.
Para convencer uma escaldada opinião pública de que os já bem pagos parlamentares precisam de mais conforto e melhores condições de trabalho, a Assembleia vai ter que responder, antes, uma questão: o que o cidadão ganha com esse projeto que vale algo aproximado em R$ 15 milhões?
Desassombrado por natureza, Adriano parece não temer esse debate. Com 5 milhões em caixa e pedidos e promessas de emendas parlamentares, ele está disposto a enfrentá-lo. Por certo, também, preparado para responder essa pergunta. Porque, inevitavelmente, ela será feita.