São Paulo sediou ontem lançamento da campanha nacional sobre doação de órgãos no Hospital do Rim e Hipertensão.
Pela primeira vez, nos últimos anos, a Paraíba teve muito mais a mostrar perante às autoridades nacionais.
A nova dinâmica dada a Central de Transplantes deu resultado. Um aumento de 200% em relação a 2018.
Resultado que chamou atenção e fez a coordenadora nacional de transplantes, Daniela Salomão, colocar a nova experiência da Paraíba na pauta do evento.
Não é que a Paraíba está fazendo muito transplante e chegou ao patamar ideal. É que fazia pouco e está agora achando o caminho que aponta para o avanço.
A nova política implementada nos últimos meses foi compartilhada na capital paulista pelo secretário Geraldo Medeiros.
Basicamente, Medeiros mudou a engrenagem da Central, renovou quadros e estabeleceu um novo ambiente de trabalho e de empenho. As pessoas certas no lugar certo e uma decisão política de fazer acontecer.
Como se sabe, o processo de transplante é longo e complexo. Mas tudo começa na captação.
Se não há equipe treinada e empenhada desde o diálogo social, interação e convencimento das famílias doadoras até a agilidade na coleta, dificilmente o órgão chega ao receptor enfileirado numa dolorosa espera.
Dos hospitais paraibanos, o Trauma de João Pessoa tem, por natureza, o maior potencial. Potencial reativado. Ele foi o responsável por 50% das captações.
Até o começo da semana, foram realizados, este ano, 35 transplantes no Estado. Para deter uma ideia, em 2018 foram 12.
É menos gente na fila. É menos gente no cemitério. São mais chances e esperanças de se viver.
É o transplante da sentença de óbito para o atestado de vida.
Transplantes de *janeiro a setembro*:
*Medula:*
_2018=0_
_2019=01_
*Fígado:*
_2018=0_
_2019=14_
*Rim Cadáver:*
_2018=12_
_2019=17_
_*11 doadores efetivos de retirada*. Lembrando que destes, a grande parte com *06 doadores foi durante os últimos 60 dias*. Onde, 01 coração, 02 fígados e 04 rins, foram enviados pra outros Estados._