(São Paulo) – O que era para ser um ponto de entendimento e passo diplomático de relação entre Câmara e Prefeitura virou um cabo de guerra.
Nele, a corda esticada entre vereadores especialmente da oposição e o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV).
O processo das emendas impositivas radicalizou tanto que saiu da tribuna para os tribunais.
A oposição quer o cumprimento integral.
O prefeito Luciano Cartaxo nunca foi diretamente contrário, mas faz ponderações sobre razoabilidade dos valores.
Pondera também sobre adequação de percentuais e o orçamento público. Discurso parecido com o do governador João Azevêdo, que negocia com a Assembleia uma saída do meio.
Luciano deu, hoje, um exemplo pedagógico.
“Para termos ideia, tinham emendas que eram colocadas que precisávamos custear um milhão de reais e o vereador entrava com cem mil reais. Ou seja, além de obrigar o prefeito a pagar os cem mil reais, ainda tínhamos completar a emenda para que tivesse algum efeito”, argumentou.
Vereador da oposição, Bruno Farias vê crime de responsabilidade em desobediência. O prefeito conseguiu liminar em seu favor.
No meio dessa guerra, não adianta, para o cidadão, a propaganda da emenda e a expectativa da concretização se ela realmente não se viabilizar na prática.
No lugar de expectativa, frustração.
Isso não é bom para nenhum dos lados. Perdem os dois.
Para a emenda impositiva prosperar impõe-se mesmo é o diálogo.
Isso significa, também, disposição de ceder. E vale para ambas as partes.