Eleição é sempre momento de enfrentamento. Mas há eleições e eleições.
A da Ordem dos Advogados do Brasil – pela caraterística e cabedal da instituição – é diferente. Ou deveria ser.
Na Paraíba, a eleição descambou para um festival de denuncismo e tônica policialesca.
No afã da desconstrução da atual gestão, que tem lá suas fragilidades, adversários de Paulo Maia, presidente da vez, ultrapassaram a fronteira do razoável.
Nada justifica o desvio para o esgoto da discussão.
Se tiverem bom senso, os postulantes ao cargo máximo da respeitada instituição não podem esquecer de uma questão importante. A eleição vai passar, a OAB fica.
E com qual imagem a Ordem sairá do pleito?
Não custa refletir até que ponto serve esse império do “vale tudo”.
Do jeito que se desenrola o debate, com tanta apelação, a linha entre Ordem e “desordem” está tênue demais.
Uma estratégia de poucos candidatos que pode prejudicar todos os advogados.
Contra o jogo baixo, eleve-se o nível.
Ainda dá tempo de evitar que, terminado o processo, independente do vencedor, a OAB saia como a grande derrotada.