Passado o tsunami das urnas de 2018, a oposição da Paraíba aproxima-se do divã.
Os principais líderes oposicionistas tentam decifrar a psicologia dos problemas que levaram o grupo ao insucesso e a assistir, de boca aberta, a vitória do terceiro mandato do PSB.
Dias atrás, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, falou em demora para escolha do candidato. Mas foi ele um dos principais causadores da corda esticada.
Ontem, o prefeito Luciano Cartaxo repetiu a tese. O próprio Luciano também demorou e nunca disse efetivamente que era candidato. Entregou a decisão à oposição.
Já Lucélio Cartaxo, candidato do PV ao governo, apontou a divisão como a maior pedra no caminho.
Cássio Cunha Lima e José Maranhão, por enquanto, estão em silêncio. Ainda refletem sobre o vendaval.
Maranhão de nada pode reclamar. Ele foi, deliberadamente, o estopim do racha, desde o princípio. Cumpriu, portanto, uma estratégia.
Cássio também não. Dentro do PSDB, deixou a coisa correr frouxa. Resultado: nem o partido teve candidato e nem deixou o mais competitivo ser.
O fato é que a oposição tem a falta de unidade como sintoma permanente na sua psiquê. E não é de hoje. 2018 reeditou a divisão de 2014.
E esse dilema nem só Freud explica. O conflito de interesses próprios e o apego a projetos pessoais diagnosticam o nome da patologia: ego.
A terapia já pode começar agora bem antes de 2022 chegar.