Senado: primeiro voto elege e segundo derrota – Heron Cid
Opinião

Senado: primeiro voto elege e segundo derrota

27 de agosto de 2018 às 17h57 Por Heron Cid
Candidatos ao Senado pela PB nas eleições 2018, em ordem alfabética: Cássio Cunha Lima (PSDB), Daniella Ribeiro (PP), Luiz Couto (PT), Nelson Júnior (Psol), Nivaldo Mangueira (Psol), Roberto Paulino (MDB), Veneziano Vital do Rêgo (PSB) (Foto: TV Cabo Branco/Reprodução)

Numa eleição de duas vagas, a disputa ao Senado da Paraíba não se resume ao ranking dos dois mais lembrados nas intenções de voto. A preço de hoje – como diria Joelmir Beting – estes são Cássio Cunha Lima e Veneziano Vital.

Mais do que as próprias tendências de votação, tanto um como outro precisa correr de olho fixo no retrovisor e nas laterais para o tal do ‘segundo voto’.

Por mais paradoxal que pareça, a segunda escolha do eleitor tem poder para derrotar a quem se escolheu na primeira opção.

Por exemplo: os que estão na dianteira precisam torcer que seus eleitores optem pelo concorrente menos forte na segunda escolha.

Se é uma matemática complicada para os candidatos em disputa, imagine para o eleitor que não faz essas contas e nem tem a malícia própria dos estrategistas.

O resultado final se computa pela soma do primeiro e segundo voto. A combinação dos dois não é algo fácil e o resultado do que sai da cabeça do eleitor foge absolutamente ao controle dos candidatos.

Casar o voto é um desafio à parte. Convencer o eleitor a votar no seu companheiro de chapa já não é fácil, e torcer – ainda que discretamente – pelo voto num adversário é ainda mais melindroso.

Sendo assim, até outubro, os candidatos vão viver na base do olho no gato e outro no peixe.

Comentários