A polarização e o mal da intolerância – Heron Cid
Opinião

A polarização e o mal da intolerância

30 de abril de 2018 às 10h32 Por Heron Cid

O sentimento de que o Brasil está dividido entre nós e eles já era uma percepção. Agora, é uma constatação. Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, de 27 países catalogados, estamos na sétima posição em matéria de intolerância.

Nos dados do Ipsos, diferenças políticas e econômicas são as principais causas de um mundo cada vez mais dividido. Por sorte, não é um fenômeno brasileiro.

Um texto numa rede social já é o suficiente para o ponto final em uma amizade. Há uma sensação de que as pessoas estão a flor da pele, sempre prontas ao confronto, frequentemente dispostas a discordar e nenhuma vez aptas a ouvir.

No levantamento do Instituto ficou assinalado: 76% dos entrevistados disseram que seus países estão partidos.

Em primeiro lugar, Sérvia. O Brasil figura em sétimo, empatado com Estados Unidos, Polônia e Espanha.

Aqui, 84% dos brasileiros enxergam um País rachado. No nosso caso, essa polarização foi alimentada por décadas pelo binômio ricos e pobres.

Hoje, em dia, a política e seus descaminhos aprofundam o fosso. A crise e a eclosão de extremismos de espectros de direita e esquerda contaminam pessoas que nem mesmo sabem a diferença de uma coisa e de outra.

No Brasil, uma Nação tida e havida como tolerante e acolhedora a culturas e povos diferentes, essa polarização virou moda. É bonito ser radical e assumir uma bandeira.

Todo mundo se acha motivado a optar por um pensamento fechado e inflexível. Por mais distante do bom senso e da razão que ele esteja.

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