A notícia da chegada de mineradoras para exploração do ferro de Pedra Branca, no Sertão da Paraíba, é alvissareira.
E com ela a perspectiva de novos investimentos e incremento da economia da região.
Fala-se em aporte de recursos iniciais da ordem de R$ 950 milhões, quase R$ bilhão.
E R$ 1 bilhão é um bi em qualquer lugar do Brasil. Numa região pobre, como a do Sertão, nem se fala.
O anúncio reabre a discussão do equilíbrio regional e da tarefa de governos e autoridades trabalharem na ótica da interiorização do desenvolvimento.
Quanto mais um Estado consegue desconcentrar riquezas nos maiores pólos, como a Capital, mais promove a distribuição e equalização das receitas.
Na Paraíba, essa necessidade é histórica. Enquanto João Pessoa e Campina Grande se desenvolveram, outros bolsões ficaram para trás e vítimas de economias débeis.
Uma realidade que empurra muitos interioranos para os grandes centros, despovoam seus lugares de origem e estrangulam os novos destinos.
Quanto mais a Paraíba conseguir atrair, pulverizar investimentos e tornar viável a manutenção do cidadão em sua região, mais chances teremos de distribuir riquezas.
Um Estado de igualdade de oportunidades para os desiguais.